A três meses do final do ano, foram ocupados 147.412 m² de escritórios no mercado de Lisboa, 2% acima do valor registado entre janeiro e setembro de 2018.
Neste período, foram registadas 130 operações, 29 das quais dizem respeito a colocações superiores a 1.000 m². Só em setembro, foram colocados 11.404 m², mais 2% que no mês anterior e 32% menos do que no período homólogo, num total de 14 operações.
No decorrer da análise do Office Flashpoint, Mariana Rosa, Head of Office / Logistics Agency & Transaction Management da JLL, afirma: que este «é um balanço muito positivo, pois não só 2018 foi um ano histórico para a ocupação, como o mercado tem que lidar com a falta de oferta num momento em que a procura está mesmo muito ativa». E, nesse sentido, recorda que «este ano surgiram apenas cerca de 50.700 m² de novos escritórios, metade dos quais já ficaram concluídos no 1º semestre e com ocupação a 100%».
Mariana Rosa destaca também que, mesmo neste cenário em que a oferta não acompanha o ritmo da procura, a ocupação em 2019 pode situar-se entre 190.000 e 200.000 m². «Se considerarmos a ocupação média mensal de cerca de 16.500 m² registada até setembro, a atividade encerraria 2019 nos 198.000 m². Fica próximo do valor recorde do ano passado, de 206.000 m², e muito acima (cerca de 23%) da média dos últimos cinco anos, que se situava nos 159.000 m². Tudo isto num contexto em que a oferta não consegue dar resposta à procura latente». E está convencida de que «a assim que começarem a surgir os novos projetos, o mercado vai acelerar e os próximos três anos deverão ser de grande atividade para a ocupação de escritórios».
Em setembro, a zona 3 captou 34% da atividade de colocação de escritórios, impulsionada pelas ocupações da 360 Imprimir no edifício Visconde de Alvalade, e de uma empresa de IT na Torre Oriente do Colombo. Na zona 1, destaque para a fatia de 28% da ocupação do mês e para a maior operação do período, a ocupação da empresa de coworking, GoldenHub no edifício Mouzinho da Silveira 10.
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